Tamila Holub colocou um ponto final na sua carreira desportiva, ao nível do alto rendimento, pois ainda vai participar, pela última vez, nos campeonatos nacionais de natação, agora em dezembro, ao serviço do Vitória de Guimarães.
Uma decisão que a atleta confessou ter sido bastante ponderada, tomada de consciência tranquila, pois já não se sentia no seu melhor.
“Este ano serviu para, mais uma vez, ponderar a decisão e perceber se tinha saudades, mas também para encontrar coisas novas na vida em termos de carreira, de profissão e de estudos. Porque, e não vou revelar nenhum segredo, o alto rendimento não te deixa com muito tempo para o resto e já me sentia a sufocar um pouco dentro da piscina. Não estava a sentir aquele entusiasmo, aquela pica e queria muito experimentar algo diferente”, explicou Tamila em entrevista ao O Atleta.
A nadadora vai-se dedicando a vários projetos, sendo algo que sempre desejou fazer, pois vai descobrindo aquilo que realmente a pode motivar, nesta nova fase da sua vida, tendo mesmo despertado uma nova paixão.
“Os projetos foram surgindo, pois a única coisa da qual tinha a certeza era que queria dedicar mais tempo aos estudos, nomeadamente, ao mestrado. Algo que me deixou com bastante tempo livre e quem me conhece sabe que sou uma pessoa extremamente curiosa e gosto de experimentar um bocadinho de tudo, até para perceber aquilo de que gosto ou para o que tenho jeito. Comecei pela área dos eventos, ainda continuo, e agora mais recentemente estou envolvido no backstage do desporto, como a organização de eventos desportivos, promoção, educação olímpica que é uma paixão para a qual despertei em 2021, até aqui com o ABC das Olímpiadas e com as palestras que vou dando nas escolas. Estes projetos todos surgiram porque me apercebi por essa paixão pelo desporto na área de promoção do mesmo.”
Na conversa que teve com O Atleta, Tamila Holub ainda fez uma retrospetiva pela sua carreira escolhendo os melhores e os piores momentos.
“Obviamente os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro’2016, o Campeonato da Europa de Juniores, no qual me sagrei campeã, vai ter sempre um espaço muito grande no meu coração. Tóquio’2020 foi especial, mas não diria que está no topo, até porque foram os Jogos muito atípicos, ou seja, não tiveram aquele feeling de uns Jogos Olímpicos, porque todos percebemos o impacto que o Covid-19 teve. São estes os principais momentos da minha carreira. Já dos piores ou mais tristes, sendo que todos temos altos e baixos no decorrer da carreira, diria quando tive uma apendicite duas semanas antes de uns Jogos Olímpicos Europeus da Juventude e não participei. Isso deitou-me a baixo, mas não foi o fim do mundo. Agora, depois de Tóquio’2020 tive uma fase muito complicada, foi mesmo o momento mais escuro tanto da minha carreira, como da minha vida pessoal. Foram uns meses bastante complicados”, revelou a atleta.
Imagens: Arquivo Federação Portuguesa de Natação
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