Dificilmente o Clube Motorismo de Setúbal poderia ter pedido por mais emoção para a edição 2022 do bilstein group Rali das Camélias, da mesma forma que a bilstein group não poderia ter escolhido um melhor ano para se associar a uma prova com a história e a místicas das Camélias.
A prova arrancou nos Jardins do Casino Estoril e os pilotos rumaram até Sintra para o início da primeira especial. Na abertura das hostilidades Gil Antunes com o Dacia Sandero foi o mais rápido, deixando Pedro Clarimundo a 0.4s, e com Rui Madeira, Paulo Neto e Carlos Fernandes a ficarem a menos de 10s do mais rápido, deixando logo a nota do extremo equilíbrio que iria haver pela frente. Logo a seguir na ligação da Peninha para a Penha Longa foi a vez de Clarimundo ser o mais rápido, na frente de Madeira, Neto, Antunes e Fernandes, assistindo-se aqui à primeira troca de comandante, com o homem do Skoda a liderar com cerca de cinco segundos de avanço para o piloto do Mitsubishi Mirage.
Antes da pausa para almoço, a última especial realizou-se já na zona de Mafra e Gil Antunes voltou a colocar o Dacia Sandero no topo da tabela de tempos, mas chegou ao Palácio Nacional no segundo posto a 0.3s de Pedro Clarimundo que mantinha o comando, enquanto Rui Madeira surgia a 2.0s e Paulo Neto a 7.9s, o que deixava tudo em aberto para as últimas duas secções.
Logo na primeira classificativa da tarde, um problema no Skoda colocou ponto final no vencedor da edição de 2019 e permitiu a Rui Madeira tornar-se no terceiro líder diferente do rali, embora o piloto de Almada ainda não tivesse ganho nenhum troço. Este foi ganho por Carlos Fernandes, que parecia capaz de voltar a lutar pelo triunfo.
No Livramento foi a vez de Paulo Neto se estrear a vencer na edição deste ano, mas os três primeiros couberam em apenas 1 seg, pelo que no topo da tabela ficou tudo na mesma quando ficava a faltar a dupla passagem pelos Capuchos. Carlos Fernandes era por esta altura um tranquilo quarto classificado, na frente de Américo Antunes e André Cabeças, que tinha a questão do Top 5 em aberto por menos de 10 seg.
No entanto, a passagem ao cair da tarde pela mais longa classificativa acabou por decidir o rali. Rui Madeira atacou forte, ganhou pela primeira vez uma especial e passou uma vantagem de apenas 1.6s para 15.9s. Com este desempenho o piloto do Mitsubishi Mirage resolveu as Camélias e garantiu a segunda vitória consecutiva.
A derradeira passagem pelos Capuchos foi apenas um cumprir de calendário, antes de trazer o carro até aos Jardins do Casino Estoril onde terminou em festa.
Mais uma vez o Clube Motorismo de Setúbal montou uma prova que foi do agrado dos 70 concorrentes autorizados a partir. Foi um Rali das Camélias recheado de emoção, em que seguramente os milhares que se deslocaram à estrada deram por bem empregue o tempo num dia de Primavera em pleno mês de fevereiro e em que o novo parceiro do CMS, o bilstein group, seguramente estará satisfeito com a parceria com esta fantástica organização
Para o Diretor da Prova “como sempre era muito importante que tudo corresse bem e que a prova fosse segura e do agrado de todos os concorrentes. Tivemos um bom e diversificado leque de equipas inscritas, perdendo alguns já perto da partida, alguns por questões técnicas e outras ainda por causa da pandemia “Covid 19”, mas os setenta que partiram, prometiam um bom espetáculo.
Para a organização foi tudo muito fácil, “Este ano com o apoio do bilstein group, o Rali das Camélias foi o melhor dos últimos anos e ainda tem espaço para evoluir, principalmente em qualidade, para que que todos se divirtam e queiram voltar à nossa prova.”
Para o ano, a prova deverá estar sediada em Mafra, cumprindo assim a rotação prevista e acordada com os três municípios, desde a primeira hora e já há boas notícias referentes ao interesse que a bilstein group tem em continuar a ser parceiro privilegiado do Rali das Camélias.
Fonte: Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting.