Isaac Portela e Duarte Susano foram sempre rápidos e eficazes ao longo do Rali das Camélias 2022, com o top 15 absoluto alcançado, juntou um sétimo posto entre os 2RM, numa prova com 75 concorrentes.
Num rali sem pressões pontuais e que serviu sobretudo para ganhar ritmo para a temporada que se avizinha, o piloto destacou: “fomos para esta prova com o intuito de perceber o nosso nível competitivo, testar soluções no que diz respeito a pressões dos pneus, algo que temos tido dificuldades ao longo dos ralis anteriores e sem dúvida para voltar a ganhar mão no carro”, não pondo de parte que o piloto quis disfrutar ao máximo toda a envolvência desta prova com troços épicos.
Sete especiais de classificação, incluindo uma já de noite, tornaram-se num desafio árduo, mas que viria a ser suplantado com mérito pela dupla do Citroen C2 R2, não sem que tivessem de enfrentar alguns percalços: “Foi um rali extremamente difícil. Foi nos dado um número muito alto e isso veio a revelar-se muito penalizador. Em três especiais apanhámos o concorrente da frente e, como é lógico, perdemos muito tempo. Depois, por partirmos na posição que nos deram, lá tivemos uma PEC anulada e o consequente tempo atribuído que, não tenho dúvidas, em nada se coaduna com o que conseguiríamos obter”.
Como tal, Isaac Portela considera que se não tivessem sucedido estes incidentes, os seus resultados finais teriam sido ainda melhores. Quanto à competição pura e dura, o piloto relata, “fizemos as três classificativas da manhã com um andamento forte e seguro e, mesmo com os incidentes, conseguimos chegar ao fecho dessa fase já dentro do top 20. Para a secção da tarde conseguimos que nos dessem 2 minutos de diferença para o carro da frente, uma opção excelente, mas que mesmo assim não evitou que na última PEC, feita a noite, tivesse de dobrar os dois carros da frente!”.
Numa fase final, Isaac Portela e Duarte Susano, apostaram em força na dupla passagem pelos Capuchos, tendo montado pneus novos a frente, já com as pressões corretas, o que se viria a mostrar acertado, pois o piloto havia feito um tempo muito bom na passagem inicial. “Já na segunda ronda pelos Capuchos, não consegui voltar a andar rápido e a noite de Sintra não foi meiga para mim e não consegui ser rápido, alterei trajetórias a meio, travei por vezes demasiado cedo e ainda tive de ultrapassar dois concorrentes de uma só vez.” Afirmou Portela, que agradeceu também a ambos os pilotos por não lhe terem “dificultado a vida”, e terem respeitado as luzes do mesmo, não lhe fazendo qualquer oposição, mas que ainda assim, perderam algum tempo e concentração.
No fecho e em jeito de rescaldo, Isaac Portela afirmou que “posso dizer de coração cheio que foi uma opção acertadíssima, pois conseguimos atingir todos os objetivos. Saímos das Camélias de coração cheio, sentimento de dever cumprido e vontade de voltar, desta vez com um número na porta mais pequeno!”.
Felicitou os colegas de equipa Hélder Cordeiro e Bruno Pereira, afirmando que foram verdadeiros heróis ao volante do M3 e não se esqueceu de agradecer à sua família e à do seu navegador que tanto os apoiaram e a todos os patrocinadores.
Fonte: VMotores