A presença de Portugal nos Mundiais de Atletismo, realizados em Budapeste, resultou na pior prestação dos últimos 10 anos. Dos 28 atletas que competiram, Pedro Pablo Pichardo e Patrícia Mamona, ambos potenciais candidatos a medalhas, foram forçados a dispensar devido a lesões.
Portugal não alcançou o pódio nos Mundiais de Atletismo pela quinta vez, na 19ª edição realizada em Budapeste. O país somou a sua pior pontuação de sempre, de acordo com o Diretor Técnico Nacional (DTN) da Federação Portuguesa de Atletismo (FPA), José Santos. O DTN considerou o resultado “aceitável”, tendo em conta os desafios enfrentados e afirmou que a experiência servirá para melhorar a participação nos próximos Jogos Olímpicos.
O desempenho mais notável ficou a cargo da Auriol Dongmo que alcançou o 4.º lugar no lançamento do peso, encerrando a participação lusa no evento. No entanto, este resultado confirmou a ausência de medalhas para Portugal, repetindo-se nas cinco edições anteriores dos Mundiais (Helsínquia 1983, Tóquio 1991, Sevilha 1999, Paris 2003 e Daegu 2011).
Apesar da quantidade de atletas em competição, o resultado não refletiu a escala da equipa, rendendo apenas seis pontos no sistema de pontuação atribuída aos oito primeiros. Com essa pontuação, Portugal classificou-se em 54.º lugar, partilhando posição com outros países como Áustria, Barbados, Costa do Marfim, Croácia, Grenada e Qatar.
A avaliação da participação portuguesa pode ser mais favorável ao considerar os atletas semifinalistas, o que inclui as classificações do 9.º ao 16.º lugar. Portanto, nesse contexto, as participações de Ana Cabecinha (9.º nos 20 km marcha), Tiago Luís Pereira (11.º no triplo), Isaac Nader (12.º nos 1.500), Jessica Inchude (16.ª no peso) e a estafeta mista 4×400 metros (16.ª) contribuíram para uma visão mais abrangente dos resultados.
Apesar dos desafios e resultados, José Santos enfatizou o valor dos atletas e salientou que os mesmos que se qualificam para estes campeonatos estão entre os melhores do mundo.
Portugal soma um total de 23 medalhas em Mundiais de Atletismo, incluindo sete medalhas de ouro. Os últimos a conquistarem o 1.º lugar do pódio foram a Inês Henriques nos 50 marcha em Londres 2017 e Pichardo novamente no triplo em Oregon 2022.
Imagem: Federação Portuguesa de Atletismo
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