Com a segunda maior seleção nacional de sempre nesta competição, composta por 12 elementos, a comitiva lusa partiu hoje para os Campeonatos do Mundo de Atletismo em Pista Coberta, que se realizam de 18 a 20 de março, em Belgrado, Sérvia. Na bagagem leva a preparação, que espera traduzir em medalhas.
“Esta seleção, com exceção da de 2001, que se realizou em Portugal e, por isso, tinha mais atletas, é a que tem mais elementos de sempre nesta competição. Isto quer dizer que temos um conjunto de atletas com grande qualidade, mas também de treinadores”, destacou Fernando Tavares, team leader desta comitiva e vice-presidente da Federação Portuguesa de Atletismo.
Foi precisamente a qualidade dos atletas selecionados, que, por sua vez, o presidente da FPA, Jorge Vieira, destacou na hora da partida. “Temos expetativas de muito bons resultados, com atletas candidatos a medalhas, mas também com atletas mais jovens, entre os quais de referir Isaac Nader, que é um atleta de futuro, treinado pelo nosso grande campeão Rui Silva. É sempre um motivo de orgulho esta passagem de testemunho dos atletas consagrados para os mais jovens”.
Com a consciência – pelos resultados obtidos nas últimas competições internacionais, entre os quais as medalhas de ouro e de prata conquistadas, respetivamente, por Pedro Pichardo e Patrícia Mamona, no triplo–salto; mas também de Auriol Dongmo, que chega a estes campeonatos como líder do ranking mundial no lançamento do peso –, de que as expetativas em relação à prestação lusa estão elevadas, o presidente da FPA recorda “queremos sempre mais e fazer melhor”, mas é preciso não esquecer que há uma série de fatores que têm influência num resultado de alto nível. “Os atletas têm de ter talento e estar bem preparados, mas é preciso estarem bem preparados naquele dia específico e tudo tem de correr pelo melhor”, lembrou.
O responsável técnico desta comitiva, Paulo Reis, corroborou o que foi dito pelos elementos da direção ali presentes e acrescentou: “Temos uma equipa numerosa e forte, que nos últimos Campeonatos da Europa em Pista Coberta teve uma prestação brilhante. Claro que agora é um mundial, pelo que o nível de exigência é maior, mas também já mostramos o nosso nível nos últimos Jogos Olímpicos.”
Sobre os objetivos, o também técnico nacional de lançamentos, afirmou que estes são “ganhar medalhas, conquistar lugares de finalistas e semifinalistas e também a superação pessoal Termos 12 atletas a cumprir os requisitos para estar nesta competição é muito positivo. Atualmente ter atletas a participar em europeus e mundiais de seniores é muito difícil, e o processo envolve marcas e qualificação por ranking. Estes são, por isso, atletas com um nível muito elevado”, concluiu Paulo Reis.
Fonte: Federação Portuguesa de Atletismo.